TERNURA
Comovo-me
quando o tempo,
Armando-se
em tempestade,
Investe cinza,lento
E
carregado
Rumo ao
infinito
Comovo-me
quando o sol
Claro e
radioso
Ilumina
minha casa
Meu
quarto,minha cama
Numa
dádiva de luz .
Quando
olho as árvores
Ora
escuras,verde-pesadas
Ora claras
e transparentes
Em renda
elaborada
Irradiando a claridade...
Comove-me
A incógnita do horizonte
Que faz fronteira
Com meu amor.
Não sei em que ponto
Num contato etéreo,
Numa térrea junção
Talvez, apenas,
Num doce mergulho de almas!