Sou poeta da vida
Que sente fácil
Na carne ou na alma
Abismos de dor
Ou vibrações de amor
Que se emociona
Cria mundo de sonhos
Recomeça num corpo jovem
Ou encurva-se gasta no mesmo ser
Sinto a angústia
De esperas intermináveis
Ou me espreguiço indolente
Na alegria de um momento
Como se fora eterno
Quero e espero
Perco e me afundo
E sinto o peso todo do mundo
Se não estou feliz
Mas, se me chamares
Ou apenas acenares
O meu corpo, leve, flutuará
E nos meus olhos estrelas verás brilhar...