sábado, 18 de abril de 2015

ENCRUZILHADA

               


Em qual lugar escondeu-se minha alegria,
Que canto perdido meu sorriso aprisionou?
Qual quimismo embaciou meus olhos,
Onde está meu desejo de viver?


Vem-me lágrimas  tantas,
Sentidas, doídas,
Pedras a pesar na vida
Sufocando meu bem querer


Onde a seta para indicar a direção?
Onde o bastão para apoiar a minha mão?
Onde o agasalho da alma,
Onde a paz, o repouso e a calma?


Vou sofrendo, chorando
Inerte, incapaz, angustiada,
A alma cheia de pedras, cimento, lágrimas
Erguida em monumento, bandeira desfraldada
Retalhada em trapos,
Desafiando a dor e pela mesma  dor
devorada!




sábado, 11 de abril de 2015

CIDADANIA


Ressaltemos nossos direitos
Civis e políticos:
Somos todos iguais
Mesmo que não concordemos
Mesmo que não o aceitemos
.
Você me ouve e eu o escuto
É difícil ouvir o que digo?
A mim, também, me parece
Bizarro o que você falou...
Pois são muitas as cabeças
E múltiplas as sentenças...
Em atos, nos trajes
Esportes e distrações
Somos nossos próprios patrões.
Aceitando tais diversidades
Daríamos um grande passo
E, próximos íamos ficar...
Mas, a corda vai esticando
E a alma pede passagem
Vem de mãos dadas
Com a bondade
Sorrindo humanidade...
Pede raça,religião,gênero
E classe sem adversidade
E convívio com sociabilidade
Mas...Também vem a
(atualmente tão rara)
Integridade.Traz a face
Marcada,desalinhada,
Com feições de um Cerveró,
A casmurrice de um Duque e
A vergonhosa confissão de um Barusco
E a vestimenta de cordeiro de um Tofolli
Assim o que podemos esperar?
São centenas de aproveitadores
Na política e postos do governo
Por pura sacanagem.
Deixaram-nos em desvantagem.
Cansados, juntamos forças,
Reclamamos, PEDINDO
Justiça, Punição, Renovação.
E vamos de novo, PRA RUA exigir
CONSERTEM o GOVERNO
REPONHAM O ROUBO
PUNAM OS CULPADOS

REERGAM A NAÇÃO!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

PRETEXTO



Ao entardecer
A saudade me domina
Os olhos se entristecem
A voz, na garganta, enrouquece
Na cabeça, idéias mil...

Eu terra, penso na flor
Que desabrocha silenciosa
E se torna esplendorosa
Quando se veste de cor...

E eu, livre, penso no pássaro
Mestre e rei sulcando os ares
Liberdade mostrando aos homens
Sem limites e sem horizontes
E que a paz e o amor
Também são asas para voar

Ou, amorosa, penso no dia
Que chega, menino faceiro
Cheio de luz e vida
Pincelando o amanhecer
Deita tarde, já senhor,
Abraçado a noite,
Qual amante ofegante
Até a exaustão total

A flor,
O pássaro,
O dia e a noite
Nada mais são
Do que mera associação
Para em ti, eu pensar...