sábado, 18 de abril de 2015

ENCRUZILHADA

               


Em qual lugar escondeu-se minha alegria,
Que canto perdido meu sorriso aprisionou?
Qual quimismo embaciou meus olhos,
Onde está meu desejo de viver?


Vem-me lágrimas  tantas,
Sentidas, doídas,
Pedras a pesar na vida
Sufocando meu bem querer


Onde a seta para indicar a direção?
Onde o bastão para apoiar a minha mão?
Onde o agasalho da alma,
Onde a paz, o repouso e a calma?


Vou sofrendo, chorando
Inerte, incapaz, angustiada,
A alma cheia de pedras, cimento, lágrimas
Erguida em monumento, bandeira desfraldada
Retalhada em trapos,
Desafiando a dor e pela mesma  dor
devorada!




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