Solidão II

 

 

                            Folhas caídas, luzes quase apagadas

Frio cortante, vozes que não dizem nada

Casa vazia, olhar sem direção

Gente desconhecida, tudo isso é solidão

 
 

Sapato velho de se por fora

Vestido roto, pelo tempo desbotado

Poeira nos móveis, telefone calado

Solidão que não vai embora

 
 

Saudade é solidão povoada

Sentir  falta , lembrar com o coração

È vazia de esperança, sente-se

Mas não se espera mais nada!

Revoada de Sonhos

Estou bailando o meu olhar

Pelo mundo da fantasia

Sou vida, seiva, sou palpitar

Só peço ao tempo não continuar

Meu pensamento,

Qual revoada de pássaros

Voou para ti

Foi num bando compacto

Voltejando rápido no ar

Tinha destino certo

Voava para te encontrar

O vulto gracioso das aves

Voltejava pelo céu

Suas asas ágeis

Falavam de sonhos meus

Por certo não recebeste

A mensagem que enviei

Voavas pela minha alma

Jamais te aterrissei

São espaços incalculáveis

Só eu os conheço

Cheios de doces armadilhas

Foi lá que te guardei...

CARROCEL

 

Rimei a vida

Em nuances  profundas

De amor e ventura

De medo e ternura

Cantando o encanto

De saber-me tua

O romance, o flerte

O riso e a magia

A tristeza, a lágrima

E a poesia...

Vai e vem de ilusões

O dar, o reter, o sonhar

O queixume

O gemido, o gargalhar

Humanos, comuns

Benditas emoções

Que nunca deixaram

De me acompanhar