Visto-me de armas
Explodo bombas
Cultivo mortes
Entranho sangue na terra
Cresço com gemidos
Enfureço homens,
Tomo-lhes a razão
Seco corações.
Agora,silenciosa,
Ponho corpos a “dormir”,
Em minutos, em
Todas as posições
Levo famintos
A vagarem e ponho irmão
Contra irmão
Poderosa,levo horror e dor
SOU a GUERRA
E tu quem és que
Caminhas entre meus
Cadáveres,vestida,
Apenas, com uma
túnica branca?
-Venho há séculos
Enxugando o sangue
Que derramas,
Fechando os olhos
De quem matas,
Venho varrendo
Tua destruição.
Venho acordar
Desesperançados,
Abraçar mães,
Confortar quem
Sobreviveu
Lembrar que a vida
É transitória
Venho tirar o poder
De poucos sobre muitos
Pedir que mãos
Se toquem,desarmadas.
Venho lembrar
Dias ensolarados e
Como é bom
Ver a Liberdade
Correndo nos pés
Das crianças
A Fraternidade nos
Pondo cara a cara
Como amigos,irmãos
E a Esperança
Trocando tiros
Por sorrisos.
Venho vicejar a vida
SOU a PAZ