INVERNO
Inverno com chuvas,
frio,
Cinza, triste, vazio,
Banhando as horas,
Encurvando corpos,
dando arrepios.
Não escutamos canto de
pássaros
Ou acompanhamos seus
voos razantes
Entre as verdes
ondulações das árvores
Ou ao sabor do
vento...
Nem sentimos o ímpeto
de criar desafios
Talvez , seja a alma fragilizada
Pela vida, ameaçada,
Vendo próximos frágeis e
Perdas possíveis...
Todos estamos
vulneráveis
Há um medo da saudade
Do que foi do que
virá.
O vazio em nós se
instala
Curva-se o corpo e,
A cada “adeus”, corto-me
asas,
Também deixo de
voar...